(Foto: Vitoria TV)
Os destroços do avião que caiu com a cantora e compositora Marília Mendonça chegaram na noite desta terça-feira (9) ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A fuselagem, dividida em partes menores, passará por uma perícia detalhada em um hangar da Aeronáutica. Já o motor do avião segue para Sorocaba, em São Paulo.Os trabalhos para a remoção do bimotor da cachoeira onde caiu começaram por volta das 9h deste domingo (7). O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que todas as evidências iniciais que poderiam ser usadas na investigação já foram retiradas da aeronave.
Para facilitar o transporte, as asas do avião foram cortadas. Como os motores estavam em um ponto de difícil acesso (um deles foi encontrado distante da aeronave), os bombeiros pediram um dia para fazer a limpeza da mata no local.
Etapas da remoção
Em uma primeira etapa da operação de retirada, um guindaste ajudou a içar o avião de um ponto ao lado da cachoeira, onde tinha caído, para uma área mais alta do terreno.
Em uma segunda etapa, as asas foram cortadas e algumas partes já começaram a ser retiradas.
Na noite de sábado (6), a aeronave já havia sido tirada da correnteza da cachoeira, onde caíra na sexta-feira (5), e deixada ao lado. A queda aconteceu a cerca de 2 km do aeroporto de destino, após o avião bater em um cabo de distribuição de energia. (Veja abaixo vídeo da retirada do avião da correnteza)Confira as etapas de remoção do avião:
No sábado, foi retirado da correnteza;
No domingo, foi puxado para a parte mais alta do terreno por um guindaste;
Para facilitar o transporte, as asas foram cortadas;
Os bombeiros começaram a limpar a mata onde estavam os motores;
Em seguida, um helicóptero da PM içou os motores e deixá-los em um local próximo do acidente, mas de fácil acesso para serem transportados por caminhão;
O avião foi levado de caminhão ao Rio de Janeiro.
A empresa dona da aeronave, PEC Táxi Aéreo, foi autorizada a recolher os destroços após o trabalho de perícia da Polícia Civil e do Cenipa.
O órgão confirmou, no sábado, que o avião bimotor não possuía caixa-preta, mas foi encontrado um spot geolocalizador, que será confrontado com o plano de voo e poderá ajudar a entender as causas do acidente.
“Ainda não fizemos nenhuma análise, nosso serviço aqui agora é procurar evidências. Então, ela é uma evidência que será analisada em outro momento. Esse geolocalizador dá coordenadas geográficas, posições no terreno por onde essa aeronave pode ter passado”, explicou o tenente-coronel Oziel Silveira, chefe do Cenipa III.Também no sábado, a Polícia Civil confirmou que o segundo motor da aeronave foi localizado a cerca de 200 metros de distância do local do acidente.
Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), antes da queda, a aeronave atingiu um cabo de uma torre de distribuição da empresa. Pilotos que sobrevoaram a região próximo ao momento do acidente e também testemunhas disseram que o avião "rasgou" fios de alta tensão ligados a uma torre próximo ao local.
A aeronave estava com a documentação em dia e tinha autorização para fazer táxi aéreo, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).G1