
(Foto: Vitoria TV)
A população urbana vem crescendo a uma taxa exponencial. Atualmente, mais de 84% dos brasileiros vivem em áreas urbanas e estima-se que a população urbana mundial ultrapassará 6 bilhões de pessoas em 2045. A principal razão para o aumento da população urbana é a migração de áreas rurais ou semi urbanas para áreas urbanas. E repensar cidades, e torna-las sustentáveis, pode ser a chave para o futuro.
Cidades são o epicentro do desenvolvimento e do crescimento econômico. No entanto, cada cidade tem um limite para o número de pessoas que pode acomodar adequadamente. Além desse limite, as cidades não conseguem atingir seu potencial ideal. Além do crescimento econômico prejudicado, a superpopulação nas cidades leva a uma pressão adicional sobre a infraestrutura atual, degradação de recursos, poluição e crime. Quase todas as grandes cidades brasileiras estão sofrendo com esses problemas mencionados e a superlotação nas cidades neutraliza todos os esforços, públicos ou privados, para resolvê-los.
Para enfrentar esta questão, repensar cidades passa por desenvolver destinos alternativos onde as pessoas possam encontrar facilidades e oportunidades semelhantes às das grandes cidades. Esses destinos não apenas ajudarão a conter a migração de cidades menores e áreas rurais para as grandes cidades, mas também poderão facilitar a migração reversa das grandes cidades e aliviar seu fardo.
Não é uma tarefa simples. Vários agentes precisam trabalhar juntos em vários níveis e alguns princípios básicos se aplicam universalmente à criação de áreas populosas com sustentabilidade em mente.
Preservar o ambiente natural, as terras agrícolas e o patrimônio cultural
Repensar cidades, o desafio dos próximos anos
Preservar a ecologia é o princípio básico da sustentabilidade. Qualquer desenvolvimento que ameace causar danos permanentes ao meio ambiente deve ser interrompido. Ao desenvolver uma nova área urbana, os planejadores devem ter em mente que a conservação da ecologia, das terras agrárias e do patrimônio cultural é o pré-requisito para um assentamento urbano bem-sucedido.
Criar bairros de uso misto e renda mista
Um dos maiores erros que os planejadores urbanos costumam cometer é projetar cidades com quarteirões ou bairros segregados com base nos níveis de utilidade ou renda. Por exemplo, eles criam zonas separadas para mercados, escritórios e residências. Observa-se também que em muitas cidades pessoas de grupos de renda semelhantes vivem em determinados bairros. Devido a esse tipo de planejamento urbano, as pessoas precisam viajar com muito mais frequência e distâncias muito maiores para comprar suas necessidades e chegar aos seus locais de trabalho. Mais viagens significam mais veículos nas ruas, mais congestionamentos e, portanto, mais poluição.