(Foto: VitPor Vanessa Martins, G1 GOoria TV)
Polícia Civil cumpriu outros quatro mandados de prisão contra suspeitos de aplicar o 'golpe do novo número' e bloqueou as contas bancárias dos investigados. Alvos dos criminosos eram idosos.Um homem de 31 anos, que não teve a identidade divulgada, é suspeito de cometer estelionatos de dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a Polícia Civil, ele se passava por policial militar, ligava para vítimas dizendo que havia detido um parente delas e pedia dinheiro para não efetivar a prisão. Outras quatro pessoas foram presas pela corporação suspeitas de aplicar o "golpe do novo número".
O G1 entrou em contato com a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) pedindo um posicionamento sobre como o detento cometia os crimes de dentro do presídio, mas o órgão disse que só poderá se posicionar após saber o nome do preso, que não foi informado pela Polícia Civil.
A Polícia Civil cumpriu os mandados de prisão na quinta-feira (1º). Segundo a corporação, o suspeito de se passar por PM ligava para idosos, dizia que havia prendido um parente dessa pessoa e pedia um valor em dinheiro para não realizar essa prisão.
"Uma idosa havia transferido a quantia de R$ 5 mil, mas no mesmo dia conseguimos achar a pessoa beneficiária [que emprestou a conta para receber o valor] e prendê-la. Depois conseguimos esse mandado de prisão para esse detento que havia feito a ligação", explicou o delegado Pedro Ludovico, responsável pelo caso.
Além deste homem, a Polícia Civil também prendeu outras quatro pessoas suspeitas de estelionato, mas que aplicavam o "golpe do novo número" - o autor do crime se passa por um familiar da pessoa que está sendo extorquida, como se tivesse mudado de telefone, e pede dinheiro.
A corporação acredita que esses últimos formam uma associação criminosa que também tinha como alvo pessoas idosas.
Segundo as investigações, um dos presos, um jovem de 21 anos, encontrava as vítimas pelas redes sociais e fazia a mediação entre os criminosos que aplicavam o golpe e aquelas cujas contas bancárias eram usadas para receber o dinheiro.
As investigações apontaram ainda que uma das vítimas do grupo foi uma idosa de Mato Grosso do Sul. A Polícia Civil apurou que, neste caso, ela chegou a passar R$ 2.850,00 aos criminosos.
A corporação também conseguiu na Justiça que as contas de todos os presos fossem bloqueadas para tentar garantir que as pessoas que foram enganadas sejam ressarcidas.