(Foto: Por Guilherme Rodrigues, G1 GO)
Segundo a polícia, família estava na garagem quando criança de 2 anos correu sozinha para rua e foi atingida pelo veículo. Testemunhas disseram que suspeito estava bêbado: 'Mal parava em pé'.Um pai de 54 anos fingiu que matou uma criança atropelada para tentar inocentar o filho, de 22, que dirigia bêbado, em Caldas Novas, no sul de Goiás. O delegado Tiago Fraga Ferrão, responsável pelo caso, indiciou o jovem pela morte do menino de 2 anos, nesta quinta-feira (29).
Como o nome do suspeito não foi divulgado, o G1 não conseguiu localizar com a defesa dele para que se posicionasse.
O caso aconteceu no dia 9 de junho deste ano. Conforme o delegado, a criança estava na garagem da casa com a família quando, em um momento de descuido, ela saiu correndo sozinha para a rua e foi atingida pelo veículo.
O investigador contou que, no dia seguinte da morte, o pai do jovem indiciado apresentou-se espontaneamente à delegacia assumindo toda a culpa. No entanto, no decorrer das investigações, testemunhas apontaram que, na verdade, quem dirigia era o filho dele.
“Várias testemunhas disseram que quem desceu do lado do passageiro foi um homem mais velho e que quem pilotava desceu muito depois. Por fotos, várias testemunhas apontaram, sem dúvidas, que quem dirigia era o jovem”, contou o delegado.Além disso, as testemunhas do crime disseram à corporação que o motorista estava com sinais de embriaguez. O delegado explicou que, no dia do atropelamento, o local não foi preservado e, por isso, não houve perícia.
“Várias testemunhas disseram que tinham odor, cheiro de álcool. Uma das testemunhas disse que ele [jovem] mal conseguia parar de pé”, contou o delegado.
O investigador disse que chamou o pai e o filho após o depoimento das testemunhas, mas que, mesmo assim, o pai manteve seu depoimento assumindo a culpa.
O delegado informou ainda que, à época do atropelamento, o jovem não havia feito teste do bafômetro, mas, com base no relato das testemunhas, o indiciado por homicídio culposo por uso de álcool.
Atropelamento
Conforme o delegado, a família da criança havia acabado de se mudar e estava na garagem da casa, quando a mãe entrou na residência para buscar algo e o menino saiu correndo para a rua sozinho.
Segundo o investigador, uma mulher passava em um carro pela rua, viu a criança, freou e desceu para pegá-la. No entanto, logo em seguida, veio o veículo em que estava o jovem e seu pai, ultrapassou o carro dela e atropelou a criança.
“A mulher disse que chegou a acenar para eles. Já eles, disseram que a rua era muito movimentada e escura e que, por isso, não viram a criança. Eles disseram ainda que ouviram uma mulher gritando e em seguida o barulho embaixo do carro”, disse o delegado.
O delegado contou que o menino foi arrastado por alguns metros e foi parar debaixo do carro. A própria família o socorreu, mas ele morreu a caminho do hospital.