Intenção é aliviar a pressão do momento, aumentar a visibilidade da causa e promover engajamento social do tema de prevenção ao suicídio

Com a participação humanitária de profissionais da área de psicologia e psiquiatria, o Governo do Estado, por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), faz durante o Setembro Amarelo uma série de lives e uma palestra presencial.

A iniciativa convida toda a sociedade a refletir e perceber que, de alguma maneira, pode ajudar ou pedir ajuda, além de aliviar a pressão do momento e aumentar o engajamento social do tema de prevenção ao suicídio. A expectativa é de que a programação, totalmente gratuita, atinja diretamente cerca de seis mil pessoas.  

As lives acontecem até o final do mês, sempre às quintas-feiras, às 17 horas. As inscrições podem ser feitas na Plataforma do Voluntariado da OVG (www.ovg.org.br/voluntariado). Entre os temas que ainda serão abordados estão: “Ansiedade e relações familiares na pandemia”; “Processos de luto: como lidar com eles” e “Prevenção ao suicídio: sofrimento, atenção e diálogo”. A participação, em cada uma das lives, conta 10 pontos para o Banco de Oportunidades do Programa Universitário do Bem (ProBem).  

A psicóloga Maria Luíza Bitencourt Couto foi uma das profissionais da área da Saúde que se uniu à OVG neste Setembro Amarelo. Segundo ela, por muito tempo, falou-se muito pouco sobre o suicídio. Situação que fica evidente nos índices de morte no Brasil, que nem sempre trazem de forma clara o suicídio como causa da morte, que pode ser interpretada, por exemplo, como acidente doméstico.  

“Fico feliz em me unir a OVG nessa ação. Acredito que falar sobre suicídio é um ato de justiça por todas as vidas perdidas e para evitarmos mais perdas. O suicídio é combatido com cuidado, acolhimento e tratamento, não com silêncio e omissão”, afirma a psicóloga Maria Luíza Bitencourt Couto, que durante uma live abordou o tema “Sofrimento psíquico para além dos diagnósticos”.  

A psicóloga e gerente de Promoção do Voluntariado da OVG, Larissa Guimarães, afirma que cada detalhe do Setembro Amarelo da instituição foi pensando com muito cuidado e carinho. “Queremos promover maior conscientização na escuta e despertar um olhar sem preconceito sobre o tema. Reservamos um tempo nas lives para que nosso convidado voluntário responda perguntas do público. Só temos a agradecer a esses profissionais por unirem-se à OVG abrindo um caminho para a possibilidade de orientação e ajuda para as pessoas que necessitam desse apoio socioemocional.” 

De acordo com a diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, a ideia é trazer alento às pessoas, público em geral das lives, bolsistas da OVG e colaboradores da Organização, que estão enfrentando problemas de variadas intensidades gerados, também, pelo isolamento social e o ‘novo normal’, advindos com a pandemia.  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em 2019, o que representa uma a cada 100 mortes. No Brasil, são aproximadamente 13 mil pessoas por ano. “É preciso que todos estejamos alertas e que façamos o possível para assegurar a saúde das pessoas que convivem conosco. A OVG acredita que cada um pode fazer sua parte em favor da vida. Essa é a nossa intenção com as ações do Setembro Amarelo”, explica Adryanna Melo Caiado.  

Cuidado com todos 

Além da programação on-line, a Gerência de Promoção do Voluntariado da OVG preparou instantes especiais para os colaboradores da Organização. Seguindo todas as normas de segurança contra a Covid-19, eles participaram de um momento de meditação Mindfulness. A prática ajuda a reduzir o estresse, além de promover bem-estar. A designer Anaís Almeida de Siqueira, 28 anos, ficou empolgada com a possiblidade de aprender mais sobre o Mindfulness.  “É legal dar uma pausa e poder trabalhar a minha mente para ser menos dispersa, a melhorar o meu foco e a reduzir a minha ansiedade.”