
(Foto: Vitoria TV)
O entregador de aplicativo de 41 anos que denunciou ter sido ameaçado por uma delegada durante uma entrega em Goiânia disse que chorou após a situação e está muito abalado ainda. Ele contou que a policial, que tinha o nome parecido com a pessoa que receberia o pedido, se irritou ao achar que a encomenda fosse para ela, e sacou a arma. O caso aconteceu na sexta-feira (8).
“Eu não aguentei, eu chorei muito, estou nervoso até agora, não consegui dormir”, disse o homem, que não quer se identificar.
Entregador de app diz que chorou após ser ameaçado por delegada armada durante entrega: ‘Não consegui dormir’
Policial tinha nome parecido com o da moradora que realmente deveria receber a encomenda. Ela nega que tenha sacado a pistola, e Corregedoria apura o caso.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
10/04/2022 11h41 Atualizado há 16 horas
Entregador de app diz que chorou após ser ameaçado por delegada durante entrega
Entregador de app diz que chorou após ser ameaçado por delegada durante entrega
O entregador de aplicativo de 41 anos que denunciou ter sido ameaçado por uma delegada durante uma entrega em Goiânia disse que chorou após a situação e está muito abalado ainda. Ele contou que a policial, que tinha o nome parecido com a pessoa que receberia o pedido, se irritou ao achar que a encomenda fosse para ela, e sacou a arma. O caso aconteceu na sexta-feira (8).
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“Eu não aguentei, eu chorei muito, estou nervoso até agora, não consegui dormir”, disse o homem, que não quer se identificar.
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Delegada Gabriela Adas durante confusão com entregador de aplicativo — Foto: Reprodução
Delegada Gabriela Adas durante confusão com entregador de aplicativo — Foto: Reprodução
A encomenda que o entregador levava era para a servidora pública Gabrielle Perdigão. O homem contou que, ao chegar ao prédio indicado, foi abordado por uma mulher que se identificou como sendo a pessoa que receberia o pacote. A moradora era a delegada Gabriela Adas.
“Eu perguntei pelo código de verificação e eu vi que era diferente. Tentei explicar, mas ela colocou o celular na minha cara falando que era para ela. Eu levantei os braços reclamando e ela sacou a arma, disse que era polícia e podia me prender. Nessa hora eu virei de costas”, contou.
Depois da confusão com os nomes, o entregador subiu ao apartamento de Gabrielle. “Ele bateu na minha porta, estava tremendo, chorando, ele me entregou, eu ia fechar a porta e ele pediu: ‘pelo amor de Deus, desce comigo’. Ele disse que estava com medo dela [delegada] atirar nele e me contou o que tinha acontecido. Eu vi que ele estava tremendo demais e foi decisão minha chamar a polícia”, contou a moradora.
Em um vídeo feito por Gabrielle, a delegada aparece conversando com um policial militar e dizendo que não tinha sacado a arma. No boletim de ocorrências, a delegada disse que o entregador a ameaçou dizendo que tinha uma faca, o que ele nega.
A Polícia Civil informou que a Corregedoria está tomando as medidas necessárias para esclarecer a situação, apurando de maneira imparcial. O comunicado diz que as versões apresentadas pelos envolvidos têm contradições e, por isso, é preciso apurar para alcançar a verdade dos fatos.
Em nota, o iFood disse que repudia todo ato de agressão ou discriminação contra os entregadores. “Em casos como esse, o entregador conta com um canal de denúncias no próprio aplicativo para registrar os fatos que contribuirão para a investigação interna”. A empresa reforçou a importância de fazer o boletim de ocorrência e que está à disposição para colaborar com as investigações.