(Foto: Vitoria TV)
Uma aposentada de 72 anos teve o CPF registrado como se ela tivesse morrido, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O número do documento dela foi colocado por engano na certidão de óbito do ex-marido. Com isso, a idosa deixou de receber a aposentadoria em novembro e tenta resolver a situação, provando que está viva.
Wanda Alves se casou em 1969 e se separou em 1986. Desde então, não teve muito contato com o ex-marido. No início de outubro desde ano, o homem morreu. O registro foi feito em um cartório da cidade usando como base a segunda via do RG apresentado pela família dele.
“Eu não sei o que aconteceu, mas o meu CPF estava no documento dele. Então, quando foram registrar a morte dele, colocaram o meu CPF e foi como se eu tivesse morrido. Estou aqui, morta viva”, disse a aposentada.
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Com o CPF registrado em uma certidão de óbito, a mulher teve a aposentadoria cancelada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em novembro. “Eu estranhei não ter recebido, liguei no INSS e eles me informaram que eu estava dada como morta. E só aí eu fui descobrindo toda história”, contou.
O Cartório Del Fiaco, onde foi feito o registro de óbito do ex-marido de Wanda, disse que a família do homem apresentou a segunda via do RG, na qual constava o CPF da aposentada. Foi verificado, então, junto à Receita Federal, que o número do CPF que estava no documento dele pertencia realmente à ex-mulher.
“Nesse momento, o cartório adotou todas as medidas possíveis para corrigir o erro decorrente da documentação que nos foi apresentada pelos familiares do falecido, tendo sido feita a retificação da certidão de óbito”, disse o cartório em nota.
Além disso, a tabeliã responsável pelo cartório disse que ajudou Wanda a abrir um procedimento junto ao INSS para reativar o benefício.